Tuesday, December 26, 2006

FERIDA

Quebra-se o corpo em dois como se
estilhaços de tão puro cristal iniciassem
o alvoroço das terras,
hoje e sempre,
onde o arado não sepulta a espiga e à
espreita do Outono
os melros recolhem o seu canto e as suas
asas,
onde os dedos afagam o gelo ou a
chama e o litoral chora os seus mortos
sacrificados
e a ferida não cicatriza e o dia nos
conduz à orla dos túmulos.

1 Comments:

Blogger Verena Sánchez Doering said...

A VECES HACE BIEN ESCRIBIR LA HISTORIA
EL ALMA LOGRA DESCANSAR Y LOS DEDOS ENTREGAR TODO
LO QUE NO ES BUENO RE LEER LA HISTORIA
TE ABRAZO Y DESEO QUE LA PAZ ESTE TI
MIL BESITOS Y CUIDATE


BESOS Y SUEÑOS

8:53 PM, December 26, 2006  

Post a Comment

<< Home